Anotações de Da Vinci

Um gênio renascentista — é o mínimo para definirmos Leonardo da Vinci. Renomado artista e célebre cientista, matemático e mecânico de sua época, buscou na natureza e no naturalismo as origens de uma nova ciência: a experimental, que é investigativa, baseada na observação e na experiência, e na qual a própria natureza era interrogada e obrigada a fornecer respostas. Leonardo da Vinci considerou a arte e a ciência como tendo a mesma finalidade, ou seja, o conhecimento da natureza, excluindo da investigação científica toda a autoridade e toda a especulação que não tivesse o seu fundamento na experiência. Com ele, tornou-se evidente o vínculo existente entre arte e ciência, pois via ambas como instrumentos de investigação da natureza. Leonardo não se cansava de privilegiar o olho sobre todos os demais órgãos do sentido; talvez por isso dizia que “a pintura é poesia que se vê e não se ouve e a poesia é pintura que se ouve, mas não se vê. Mas, mais que o ouvido, o olho é o nosso órgão mais precioso”. O senso observador de Leonardo da Vinci o fez antecipar-se a muitos de seus pares com projetos magníficos e ousados para o seu tempo, a exemplo de máquinas voadoras, telescópios, entre outros. Suas anotações contêm uma imensidade de intuições extremamente felizes, com registros de suas descobertas, de sinais precursores nos diversos campos da ciência, além de serem uma testemunha da perseverança deste ser que encontrou na natureza uma imensa fonte de investigação científica. Neste trabalho, que a Madras Editora traz aos seus leitores, estão anotações de Da Vinci feitas por ele mesmo e que são uma contribuição a todos os buscadores e estudiosos que desejam ampliar seus conhecimentos