Instruções do Primeiro Grau

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“A Maçonaria é um liame que une; nenhuma Instituição humana, laica ou religiosa, apresenta-se tão propícia para a união universal dos homens, porque ela se esforça para a colocar em evidência os pontos concordantes de todas as opiniões e de superar as diferenças que, às vezes, são mais aparentes que reais, que geram as divergências e as discórdias.”

Adorar a Deus, fazer o bem aos semelhantes, combater tudo o que prejudica e trabalhar para a própria perfeição, tal é o escopo da Maçonaria.

O culto à Divindade concilia-se com todas as opiniões religiosas porque deixa a cada um os próprios dogmas e a própria fé e contenta-se de expressar, no mais simples linguajar, ao Grande Arquiteto do Universo, os próprios sentimentos de amor e respeito.

Fazer o bem aos semelhantes significa empregar todo o esforço para lhes ser útil. O prejudicial que a Maçonaria esforça-se a combater são, sobretudo, aqueles que tendem a separar os homens com as divisões exclusivas vindas da diversidade das suas crenças, crenças essas que a Maçonaria respeita, quando professadas de boa-fé. Enfim, trabalhar para a nossa perfeição significa iluminar o nosso Espírito à luz da Ciência e fortificar a nossa vontade contra as viciadas paixões.

O maçom é um homem livre e de bons costumes e é, de modo igual, amigo dos ricos e dos pobres, se esses forem virtuosos.

As duas primeiras qualidades estão intimamente ligadas entre si, porque é, precisamente, na própria boa moralidade, que o maçom encontra a verdadeira liberdade, ou seja, a libertação dos danos e dos vícios mundanos que paralisam o pensamento e aprisionam a vontade. O infortúnio da sorte não influencia sobre sua amizade, porque ele a mede, não sobre a riqueza, mas sobre a virtude.

Os maçons reúnem-se em Loja para aprender a vencer as suas paixões, a submeter a sua vontade e a fazer novos progressos na Maçonaria.

A Maçonaria não se esforça em sufocar as paixões, o que resultaria quase impossível, porém, esforça-se em imprimir a isso, uma direção menos danosa e de reter o ímpeto perigoso; é nesse sentido que ela submete a vontade dos seus adeptos e lhe facilita o progresso maçônico.

A Loja é o local no qual os maçons se reúnem para cumprir os seus trabalhos.

No sentido literário, a Loja é a Oficina de trabalho dos maçons, ou seja, o local onde se dá e se recebe a Palavra que os gregos denominavam de Logos; hoje, esse Logos não é segredo, nem mesmo para os profanos.

A Loja é voltada para o Oriente porque a Maçonaria, como primeiro raio de Sol, surgiu dessa parte.

Dionísio da Trácia e Vitrúvio nos informam que os Templos dos antigos eram voltados para o Oriente; também hoje, vários Templos cristãos têm a mesma orientação.

O comprimento de Loja vai do Oriente para o Ocidente; a sua largura, do Meio-Dia à Meia-Noite, e sua altura, do Zênite ao Nadir, ou seja, da superfície da Terra ao infinito.

Essas dimensões indicam que a Maçonaria é universal, não somente porque ela se dirige a todos os homens, mas sobretudo pela universalidade dos seus princípios e de suas obras.

A Loja é sustentada por três grandes Colunas: Sabedoria para criar, Força para seguir e Beleza para ornamentar.

 

Esses três termos foram sempre usados para indicar a Perfeição.

Essas Colunas que sustentam a Maçonaria são: a Sabedoria que a fundou e preside as suas deliberações; a Força, moral que só pela razão conduz os seus adeptos a executar as suas prescrições; a Beleza dos seus resultados que consistem em unir, iluminar e tornar felizes todos os membros de Família Maçônica.

 

O Recipiendário é introduzido na Loja após se ter batido à porta por três vezes; esses três golpes significam: pedi e recebereis, procurai e encontrareis; batei e vos será aberta.

 

A primeira máxima lembra que o maçom deve estar sempre pronto a acolher um pedido baseado na Justiça; a segunda, que ele deve usar da maior perseverança na busca pela Verdade para conseguir encontrá-la, e a terceira, que o seu coração deve estar sempre aberto aos Irmãos que peçam.

 

O Neófito (em qualquer Loja de Aprendizes) é denominado membro ativo da Grande Loja de São João.

Isso comprova que a denominação de São João é geral e aplicável a todas as Lojas. Porém, de onde vem e qual o significado de tal frase?

Segundo a tradição, vem do tempo das Cruzadas, dos Cavaleiros, Maçons que se reuniram aos Cavaleiros de São João de Jerusalém, mais conhecidos como Cavaleiros Templários, para combater os infiéis; o nome de São João teria sido uma palavra de ordem proposta pelos Templários e, por esse motivo, toda Loja Maçônica passou a denominar-se Loja de São João.

Essa narrativa, em certo aspecto histórico, serve para esclarecer o porque da adoção do nome de São João por parte das Lojas Maçônicas, numa época em que os maçons perseguidos tinham a necessidade de zelar os seus mistérios sob o manto da religião, na época dominante; no entanto, não seria uma justificativa para mantê-la até nossos dias. A Maçonaria, que admite todas as religiões, não divide os homens em fiéis e infiéis; ela não aceitaria a missão de combater os pretensos infiéis.

 

 

Mas, quanto à origem etimológica de palavra João, esta significaria: “dia”.

 

Em efeito, o substantivo João, junto aos persas Jeha, os hebreus Johan e junto aos gregos Joannes, tem por radical o hebreu Jom dia, de onde os romanos extraíram Janus, nome sob o qual adoravam o Sol.

 

Os maçons, em muitas circunstâncias e, particularmente nessa, usaram a palavra  

João para representar alegoricamente o Sol.

 

Logo, o Aprendiz torna o Neófito membro ativo da Loja do Sol e essa nova fórmula comporta vários significados simbólicos. Porquanto, o Sol tem por Loja o mundo inteiro, o homem não pode vir a ser realmente membro ativo de tal Loja, ou seja, do mundo, pelo conhecimento que conquista por meio da Iniciação. Cada Oficina Maçônica denomina-se Loja do Sol porque constitui como um fulgor da Maçonaria que ilumina o mundo moral, como o Sol clareia o físico.

Por fim, o maçom, para merecer o título de membro ativo da Loja do Sol, amigo que é da Luz, deve consagrar todos os seus esforços, antes iluminando a si mesmo e, após, os seus semelhantes, dissipando com toda a atividade de que é capaz, as trevas acumuladas pela ignorância, a hipocrisia e a ambição.

Os trabalhos dos Aprendizes abrem-se ao “Meio-Dia” e encerram-se à “Meia-Noite”. J.M. Ragon* afirma que essa proposição possui referência com os trabalhos de Zoroastro, que os exercitava em igual tempo. E não podemos deixar de citar que foi Zoroastro que primeiro disse: “Amai-vos uns aos Outros…”

Porém, sob o aspecto moral, esse espaço fictício de 12 horas, representando o tempo maior durante o qual o Sol brilha diariamente sobre os diversos pontos do planeta, lembra os Maçons que devem, com os seus trabalhos, expandir sobre o Mundo a maior Luz moral para serem dignos de merecer o título de “Filhos da Verdadeira Luz”.

A Palavra Sagrada “B…” quer dizer “a minha força está em Deus”, a qual significa que a principal força moral da Maçonaria repousa sobre a crença divina.

O Aprendiz possui três anos. Segundo Ragon, isso teria relação com os Antigos Mistérios, aos quais os Aprendizes só eram admitidos três anos após a apresentação. Segundo Vassal,** tal frase encontraria a sua origem nos Mistérios Egípcios, nos quais o iniciado no primeiro Grau corresponderia ao nosso Aprendiz, ficaria três anos afastado do mundo profano.

No entanto, como isso não ocorre ao Aprendiz moderno, torna-se impossível encontrar uma explicação quanto à sua idade; faz-se necessário encontrar outro significado.

No sentido simbólico, a idade de três anos é atribuída ao novo Iniciado para indicar que ele conhece o valor alegórico dos números, sendo o três consagrado ao Aprendiz.

Em razão disso, nesse Grau, idade, marcha, viagens, sinais, toques, abraços, bateria e aclamações, contam-se por três.

A Marcha do Aprendiz é com três passos que formam um ângulo reto. Cada passo indica a retidão do caminho que o maçom deve seguir na jornada da vida; e todos os três unidos indicam que essa reta deve ser conduzida até o Terceiro Grau, ou seja, ao “superlativo”.

O Sinal do Grau compõe-se de três movimentos, sendo que o da “Ordem” será o primeiro.

Esses três movimentos reunidos oferecem uma forma que lembra todas as imagens simbólicas do Triângulo.

O Sinal de Ordem, que por si só representa um ângulo reto, é símbolo da postura que deve presidir o discurso do maçom.

O Toque, que possui também três movimentos, sendo que dois são precipitados e um lento, simboliza a atividade e a continuidade com os quais deve ser orientado o trabalho.

A Bateria por três representa a atenção, o zelo e a perseverança necessários para cumprir a obra maçônica.

O Tríplice abraço é a imagem do afeto fraterno que une todos os maçons.

Por fim, a Aclamação, também essa, por três, exprime os votos formulados aos Maçons por cada Irmão, por cada Loja em particular e para a prosperidade maçônica em geral.

O que devemos entender pelas palavras: “Três governam a Loja”?.

Se, no sentido literal, esses são o Venerável e os dois Vigilantes, devemos recordar que, no sentido simbólico, o número três representa em especial a Deus, Inteligência e Virtude.

Por conseguinte, essa proposição significa que a Loja, ou melhor, a Maçonaria, tem por Mestre somente a Deus; por guia nos trabalhos, a Inteligência e por finalidade de suas ações, a Virtude”.

 

Vocês vão conhecer em breve a primeira Escola de Maçonaria e de Mistérios…

 

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