Um Pouco Mais Sobre as Ordens dos Cavaleiros Templários e de Malta

Share on FacebookShare on Google+Tweet about this on TwitterEmail this to someone

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
Sobretudo, empunhai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.”
(Carta de São Paulo aos Efésios, VII, 11-17).

Creio ser necessário que antes de entrarmos nesse período fantástico da nossa história, cheio de mistérios e de lendas, a respeito dos Cavaleiros Templários, seria sensato, contar mesmo que resumidamente um pouco de sua história…
A Primeira Cruzada, ocorrida nos fins do século XI, teve uma importante motivação de natureza religiosa: a reconquista da cidade de Jerusalém pelos cristãos. Desde 1076, os muçulmanos haviam conquistado a cidade sagrada e, por meio de proteção militar, dificultavam a peregrinação dos cristãos que queriam conhecer um dos mais importantes locais por onde Jesus Cristo passou. Chegando a cobrar uma espécie de ingresso para quem quisesse ingressar em Jerusalém. Para os peregrinos cristãos essa era uma situação desagradável e insuportável.
Os combatentes cristãos conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após Beirute, prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Gottfried von Bouillon (em torno de 1060-1100) fundou o primeiro “Estado de cruzados”. Três anos após partirem do Ocidente, eles chegaram a Jerusalém.
Em julho de 1099, começou a batalha pela Cidade Santa, combatida por apenas 21 mil cavaleiros exaustos, sobreviventes do exército originário. As fortificações foram destruídas com arietes e catapultas. “É a vontade de Deus!” – com este grito os cavaleiros invadiram Jerusalém, por fim, provocando um bestial banho de sangue. Apenas poucos habitantes da cidade sobreviveram.
O massacre foi estilizado pelos guerreiros de Deus como “purificação” da cidade, libertada dos infiéis. No final, eles marcharam em procissão para agradecer a vitória. Esse dia custou a vida de 70 mil pessoas.
Nesse mesmo período, o imperador Alexus I, de Constantinopla (1081-1118), temia uma investida muçulmana contra seus territórios, dado a proximidade de seus domínios com a cidade de Jerusalém. Dessa forma, Alexus buscou o apoio do Papa Urbano II (1088 – 1099) para realizar um movimento militar que expulsasse os muçulmanos daquela região.
Durante um concílio na cidade de Clermont, em 1095, Urbano II fez um discurso conclamando os reis e príncipes católicos para que juntassem suas forças contra a presença dos infiéis (muçulmanos) na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096.
Utilizando cruzes vermelhas, que sinalizariam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até alcançar o seu destino final. Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por várias privações. Alguns chegaram a beber da própria urina e do sangue de animais devido à falta de água potável.

Quem foram os Templários?
Com base no texto de D. Estevão Bettencourt e de diversos outros historiadores sobre o assunto, vamos responder esta pergunta.
Os Templários (Milites ou Equites Templi) constituíam uma Ordem de Cavaleiros militantes. Foi fundada em 1118 por Hugo de Payens e oito cavaleiros franceses, que se uniram numa família religiosa, ligada pelos votos habituais de pobreza, castidade e obediência, além do voto especial de defender com as armas e proteger os peregrinos que se dirigissem a Jerusalém. Mas será que apenas nove Cavaleiros conseguiriam cobrir e assegurar todos os peregrinos no caminho para cidade Santa?
O nome adotado de Cavaleiros Templários, se deve ao fato de que o rei Balduíno II de Jerusalém colocar à disposição dos cavaleiros uma habitação no palácio real, que se achava na esplanada do Templo de Salomão. A Ordem dos Templários foi inicialmente muito pobre, mas cresceu rapidamente, especialmente depois que S. Bernardo, doutor da Igreja, a apoiou e escreveu a sua Regra. Isto mostra sem dúvida a usa dignidade. Um dos grandes ideais dos jovens da Idade Média era ser Cavaleiro; S. Francisco de Assis a isto aspirava.
Os Cavaleiros foram favorecidos pelo Papa Inocêncio II, e altamente beneficiados por doações, que tornaram a Ordem rica. O seu hábito era um manto branco sobre o qual estava traçada uma cruz vermelha. Juntamente com os Joanitas ou Cavaleiros Hospitaleiros (porque tinham um hospital em Jerusalém dedicado a S. João Batista), os Templários se dedicaram com suma abnegação coragem a defesa da Terra Santa; mais tarde, porém, foram vítimas de discórdias entre si.
Filipe IV o Belo, da França, movido pela cobiça do poder e dos bens dos Templários, queria provocar a extinção dos mesmos. Em vista disto, desde 1305 começou a propagar terríveis acusações falsas contra eles. Em 1307, Clemente V, instalado por Filipe, prometeu fazer um inquérito a respeito dos pretensos crimes dos Templários. O rei, porém, não esperou o procedimento papal, e mandou prender aos 13/10/1307 todos os Templários da França, inclusive o seu Grão-Mestre Jacques DeMolay (cerca de 2000 homens), confiscando todos os seus bens (fora da França ficavam uns 1000 ou 2000 Templários ainda).
Filipe IV exortou outros reis a seguir o seu exemplo, e mandou aplicar a tortura aos irmãos para extorquir deles todas as confissões de interesse do rei. O próprio Grão-Mestre, alquebrado, e talvez sob a pressão da tortura, exortava por carta os seus súditos a confessar logo. Filipe dava a crer que essas medidas eram tomadas de acordo com o Papa, quando na verdade eram todas de iniciativa e responsabilidade do rei.
A princípio, Clemente V protestou e exigiu a libertação dos encarcerados. O próprio Papa em Poitiers (1308) ouviu o depoimento de 72 Templários, que Filipe IV Ihe mandara. A decisão última foi confiada a um Concílio Ecumênico, que se reuniu em Viena (França) de outubro 1311 a maio 1312 (15º Concílio Ecumênico). O Papa Clemente, houve por bem abolir a Ordem mediante a Bula “Vox in excelso” de 22/03/1312, “não em sentença judiciária, mas como medida de prudência administrativa baseada nas faculdades da Sé Apostólica”.
O Papa não quis julgar os Templários do ponto de vista ético ou disciplinar; julgou, porém, que a existência dos Templários era um foco de distúrbios no mundo cristão da época. Esta distinção obteve o consentimento da maioria dos conciliares. Os bens dos Templários foram, em parte, atribuídos a outras Ordens Religiosas, em parte caíram nas mãos dos príncipes.
Embora tenha havido historiadores desfavoráveis à dignidade dos Templários, hoje em dia entende-se que foram vitimas de graves calúnias. Certas sociedades em nossos tempos dizem-se herdeiras dos Templários medievais, com os quais teriam uma vinculação secreta; teriam uma gnose ou conhecimentos esotéricos reservados aos iniciados, mas estas afirmações são fantasiosas e alheias à verdade. Felipe Aquino

A Ordem do Templo (como as outras ordens) adotava vários signos que manifestavam tanto o “pertencimento” de seus membros como sua própria “identidade”. O sinal mais carregado de significação, depois do hábito, era sua bandeira ou “gonfalão”. Disso nos dão conta não só os retrais dos mestres do Templo, como também os cronistas da época. Bandeira, bandeirola, estandarte, gonfalão designam formas diferentes. Porém, a palavra latina do tempo era vexillum, a qual foi traduzida no francês dos retrais por gonfanon ou confanon (gonfalão) ou por enseigne (bandeirola), isso valia tanto para designar a bandeira do Templo como a do Hospital de São João.
Este estandarte, chamado “Baucéant”, embora grafado de maneiras diversas, tais como “Baucéant”, “Beauceant”, “Baucent” ou “Baussant”, tem sido muito discutido pelos estudiosos do mito templar. À respeito dele, como seria de se esperar, surgiram incontáveis teorias mas, hoje em dia, chegou-se perto de um consenso. Geralmente é descrito como sendo preto e branco (ou prata e sablé, na terminologia heráldica), tendo na parte branca a cruz vermelha da Ordem. Outros especialistas, porém, afirmam que apesar de ser realmente preto e branco, o gonfalão não trazia qualquer cruz.

Enfim, com a cruz ou sem ela, um estandarte que unisse tal par de opostos, possivelmente se destacaria melhor à luz crua que incidia sobre as areias do deserto e seria visível a todos, mesmo à distância.
Como todo estandarte militar, também é provável que o Beaucéant, simbolicamente, representasse toda a Ordem, tanto “fisica”, quanto “espiritualmente”. Talvez por isso, o grito de guerra dos cavaleiros do Templo fosse: “A mim, senhor! Beauceant, socorro!”.
O gonfalão também era hasteado quando o Templo tomava posse de um território ou de um “bem”.
A forma e as cores das bandeirolas das ordens sempre foram variadas, mas na Cronica majora de Mateus Paris estão desenhadas as vexilla do Templo e do Hospital, e o gonfalão do Templo realmente aparece como um retângulo vertical preto e branco. Aliás, por essa razão era chamado baucent (baussant), que significava simplesmente “bipartido preto e branco” (dizia-se também que um cavalo preto e branco era baucent).
O étimo que faz baucent significar “vale cem” é evidentemente fantasioso. Isso equivaleria a dizer que “um templário valia por cem combatentes”, afirmativa sem dúvida exagerada, mesmo levando-se em conta sua bravura e destemor.
Ponto de concentração dos cavaleiros em combate (e sua referência maior), o gonfalão era nomeado como se fosse uma “pessoa”. Por exemplo, “Bauceant acampando”, “bebendo água”, “detendo-se” e assim por diante. Durante as lutas, não se podia abandonar o campo de batalha enquanto o gonfalão estivesse erguido e, caso viesse a ser “abatido” ou “capturado” pelo inimigo, os irmãos templários deveriam se reunir ao gonfalão do Hospital (prioritariamente) ou a qualquer outra bandeira cristã.
Abandonar o estandarte do qual se estava encarregado para fugir de medo ao inimigo era falta gravíssima e significava a “perda da casa”. Deixá-lo para golpear o adversário (no ardor do combate) ou para atacar sem autorização acarretava a “perda do hábito”, punição enriquecida às vezes com a proibição de carregar o gonfalão no futuro. Os estatutos das outras ordens eram menos precisos. Mas, a partir das indicações dos retrais do Templo, pode-se pensar que o gonfalão do Hospital tinha um papel idêntico de representação da ordem. Aliás, havia gonfaloneiros nas duas ordens.
Um certo número de dignitários do Templo dispunha permanenternente de um gonfalão: o mestre, o senescal, o comendador de Jerusalém, os comendadores de Trípoli e de Antioquia e, é claro, o gonfaloneiro… Este cavaleiro, cercado por um grupo de no máximo dez outros guerreiros, era encarregado de mantê-lo erguido no campo de batalha. Por precaução, o comendador dos cavaleiros dispunha de um gonfalão de reserva, enrrolado. Era terminantemente proibido baixá-lo até mesmo para atacar, porém, como o gonfaloneiro o trazia provavelmente fixado na extremidade de uma lança, esta determinação nem sempre era cumprida à risca. Por razões obvias…
Durante o combate os cavaleiros usavam couraça e cota de malha. Tinham como armas uma espada pesada, a lança, o punhal e o maço de pontas e seus cavalos de combate eram os melhores da época.
O conjunto dos irmãos combatentes, cavaleiros ou sargentos, formava o “convento”, termo que não deve ser confundido com a “edificação física”, pois, neste contexto, faz referência à companhia.
Sobre suas acomodações na Terra Santa, os templários viviam em estage, isto é, na caserna, ou então num herberge, isto é, um acampamento.
Quando estavam em operação, os cavaleiros eram formados “en route”, cuja disposição diferia conforme a situação de paz ou de guerra.
Em tempos de paz, os irmãos cavalgavam sobre mulas ou cavalos ordinários, com os escudeiros à sua frente, estes conduzindo as bestas de carga, que levavam o equipamento e o material de acampamento.
Aliás, regra distinguia até mesmo a cavalgada em “terra de paz” (território pacificado e seguro) e a cavalgada em “terra de alerta” (território mal controlado, provavelmente fronteiriço):
“Os irmãos, se passarem por água corrente em terra de paz, podem dar de beber aos animais se quiserem, mas que não se demorem. E se passarem por água em terra de alerta, o gonfalão (aquele que leva a bandeira e comanda o destacamento) atravessa sem dar de beber; não devem fazer isso sem tranqüilidade.”
Em tempos de guerra, os templários adotavam um comando distinto da organização normal da ordem. O mestre mantinha a preeminência, mas o marechal se tornava o comandante-em-chefe. Sob suas ordens, o submarechal se ocupava das armas; o turcoplier, dos turcoples e dos sargentos; o gonfaloneiro, dos escudeiros. Os irmãos eram então dispostos em “escala” ou “esquadrão”, montando ainda cavalos ordinários, mas já vestindo armadura. Os escudeiros, colocados à frente dos cavaleiros, levavam espadas e lanças, ao passo que outros, mais atrás, conduziam os destriers, ou cavalos de batalha. A formação em esquadrão era específica da época de guerra. Neste caso, o esquadrão ficava disposto em escala, durante os deslocamentos, ou em linha, no campo de batalha, quando o exército se preparava para atacar.
A distinção entre cavalgada em tempo de paz e cavalgada em tempo de guerra é fundamental:
“Quando o convento cavalga pela estrada, o gonfalofleiro deve ir à frente do gonfalão e deve fazê-lo ser conduzido por um escudeiro … E quando está em guerra, e os irmãos vão em escala, um turcople deve conduzir o gonfalão”.
Os templários dividiam-se entre a vida conventual e a vida dos acampamentos, entre a “casa” (qualquer estabelecimento estável) e as barracas.
Quando cavalgavam, os irmãos pegavam os cavalos da caravane e as bestas de carga do sommaige (o comboio dos equipamentos). O roupeiro (Drapiers) distribuía as roupas e o material para dormir: a carpite, ou grossa coberta “para cobrir a cama ou seus pescoços enquanto cavalgam”; sacos, um dos quais feito de malhas de ferro (o treslis) para transportar roupas e cotas de malha. O equipamento e o material de acampamento eram carregados sobre bestas de carga, ao passo que os irmãos montavam cavalos ou mulas.
Ao cavalgar, um irmão podia se aproximar de outro e lhe falar, mas sob a condição de obter licença do marechal e tomando cuidado de “ir e vir sob o vento”, caso contrário “a poudre (poeira) causaria problemas e aborrecimento à marcha”.
O marechal ordenava a parada gritando: “Acampai, senhores irmãos, por Deus.”
Havia vários tipos de abrigo: em dormitório, sob a tenda e, sobretudo em caso de guerra, “abrigo em hotel” ou “de escala”, neste caso, às vezes simples interrupções de inspeção, necessárias para, por exemplo, proteger os víveres. Havia também paradas mais ou menos longas, quando instalavam emboscadas. Quando isso acontecia, “não se devia então “tirar nem freio, nem sela”.
O material de acampamento era composto de tendas: o mestre tinha direito a tendas redondas, aguiílier e/ou grebelure, esta menor que aquela, cabendo aos irmãos cuidar das estacas e postes (“laborar encaixes ou cavilhas”), assim como de suas armaduras.
Se pretendiam demorar-se, começavam por erguer a tenda-capela, onde se reuniam para recitar as horas. (horas canônicas, segundo a regra).
Em torno da tenda do mestre eram dispostas as do comendador da Terra e a tenda da carne. Depois as outras.
De fato, em campanha era realmente designado um “comendador da carne” para dividir a comida.
Quantas escalas havia? Durante a guerra em Trípoli e Antioquia, formaram-se duas escalas de cavaleiros, uma sob a direção do marechal do Convento, que fora a Tripoli ou a Antioquia, outra sob a do marechal da Terra (de Tripoli ou de Antioquia).’ Não se trataria antes de “batalhas”, cada uma agrupando um certo número de escalas? Pois, segundo o texto, uma escala era colocada sob a direção de um comendador de escala que dispunha de um gonfaloneiro e de dois cavaleiros para servi-lo: “E assim como é dito do Marechal (Mareschau – era o encarregado pelas ações militares, um comandante), é dito do conjunto dos comendadores (commandeors) que fazem escala.” As escalas de cavaleiros somavam-se aquelas dos sargentos de armas e uma de escudeiros.
Em combate os cavaleiros pegavam sua lança e seu escudo e montavam os cavalos de batalha, os magniníficos “destriers”. Os escudeiros, que até então carregavam as armas, passavam então a conduzir as mulas e cavalos de cavalgada, enquanto aqueles que haviam conduzido os cavalos de batalha segiam o mais perto possível seus senhores, prontos a socorrê-los ou a substituir-lhes a montaria ferida ou morta.
“E se o Marechal e os irmãos atacam, os escudeiros que levam os cavalos de batalha devem juntar-se a seus senhores, e os outros devem pegar as mulas (sobre as quais) seus senhores cavalgam e devem permanecer com o gonfaloneiro.”
A batalha, o ataque da cavalaria pesada, era apenas um aspecto dos combates. Nada se sabe sobre o treinamento desses homens que, em princípio, chegavam ao Oriente adultos e armados, portanto formados. A regra do Templo proibia aos templários participarem de uma justa sem autorização, mas nem sempre todas as normas eram respeitadas.
O senescal, além de ser um Oficial Real, encarregado da aplicação da Justiça e do controle da administração das Províncias. Supervisionava todas as ações militares, era o Juiz Supremo. Substitui o Grão-Mestre quando de sua ausência, era também o Conselheiroe Diplomata.
Grão-Mestre: Era o Comandante supremo da ordem tanto em assuntos diplomáticos como em assuntos militares. Só respondia perante a autoridade papal.
Couvenant (assembleia plenária de todos os membros quando se trata de ir combater ou assistir a solenidades religiosas; mas é naturalmente uma assembleia restrita (elitista) para os membros mais próximos do topo hierárquico da Ordem quando se trata de discutir questões de total importância).

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
Sobretudo, empunhai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.”
(Carta de São Paulo aos Efésios, VII, 11-17).

Creio ser necessário que antes de entrarmos nesse período fantástico da nossa história, cheio de mistérios e de lendas, a respeito dos Cavaleiros Templários, seria sensato, contar mesmo que resumidamente um pouco de sua história…
A Primeira Cruzada, ocorrida nos fins do século XI, teve uma importante motivação de natureza religiosa: a reconquista da cidade de Jerusalém pelos cristãos. Desde 1076, os muçulmanos haviam conquistado a cidade sagrada e, por meio de proteção militar, dificultavam a peregrinação dos cristãos que queriam conhecer um dos mais importantes locais por onde Jesus Cristo passou. Chegando a cobrar uma espécie de ingresso para quem quisesse ingressar em Jerusalém. Para os peregrinos cristãos essa era uma situação desagradável e insuportável.
Os combatentes cristãos conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após Beirute, prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Gottfried von Bouillon (em torno de 1060-1100) fundou o primeiro “Estado de cruzados”. Três anos após partirem do Ocidente, eles chegaram a Jerusalém.
Em julho de 1099, começou a batalha pela Cidade Santa, combatida por apenas 21 mil cavaleiros exaustos, sobreviventes do exército originário. As fortificações foram destruídas com arietes e catapultas. “É a vontade de Deus!” – com este grito os cavaleiros invadiram Jerusalém, por fim, provocando um bestial banho de sangue. Apenas poucos habitantes da cidade sobreviveram.
O massacre foi estilizado pelos guerreiros de Deus como “purificação” da cidade, libertada dos infiéis. No final, eles marcharam em procissão para agradecer a vitória. Esse dia custou a vida de 70 mil pessoas.
Nesse mesmo período, o imperador Alexus I, de Constantinopla (1081-1118), temia uma investida muçulmana contra seus territórios, dado a proximidade de seus domínios com a cidade de Jerusalém. Dessa forma, Alexus buscou o apoio do Papa Urbano II (1088 – 1099) para realizar um movimento militar que expulsasse os muçulmanos daquela região.
Durante um concílio na cidade de Clermont, em 1095, Urbano II fez um discurso conclamando os reis e príncipes católicos para que juntassem suas forças contra a presença dos infiéis (muçulmanos) na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096.
Utilizando cruzes vermelhas, que sinalizariam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até alcançar o seu destino final. Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por várias privações. Alguns chegaram a beber da própria urina e do sangue de animais devido à falta de água potável.

Quem foram os Templários?
Com base no texto de D. Estevão Bettencourt e de diversos outros historiadores sobre o assunto, vamos responder esta pergunta.
Os Templários (Milites ou Equites Templi) constituíam uma Ordem de Cavaleiros militantes. Foi fundada em 1118 por Hugo de Payens e oito cavaleiros franceses, que se uniram numa família religiosa, ligada pelos votos habituais de pobreza, castidade e obediência, além do voto especial de defender com as armas e proteger os peregrinos que se dirigissem a Jerusalém. Mas será que apenas nove Cavaleiros conseguiriam cobrir e assegurar todos os peregrinos no caminho para cidade Santa?
O nome adotado de Cavaleiros Templários, se deve ao fato de que o rei Balduíno II de Jerusalém colocar à disposição dos cavaleiros uma habitação no palácio real, que se achava na esplanada do Templo de Salomão. A Ordem dos Templários foi inicialmente muito pobre, mas cresceu rapidamente, especialmente depois que S. Bernardo, doutor da Igreja, a apoiou e escreveu a sua Regra. Isto mostra sem dúvida a usa dignidade. Um dos grandes ideais dos jovens da Idade Média era ser Cavaleiro; S. Francisco de Assis a isto aspirava.
Os Cavaleiros foram favorecidos pelo Papa Inocêncio II, e altamente beneficiados por doações, que tornaram a Ordem rica. O seu hábito era um manto branco sobre o qual estava traçada uma cruz vermelha. Juntamente com os Joanitas ou Cavaleiros Hospitaleiros (porque tinham um hospital em Jerusalém dedicado a S. João Batista), os Templários se dedicaram com suma abnegação coragem a defesa da Terra Santa; mais tarde, porém, foram vítimas de discórdias entre si.
Filipe IV o Belo, da França, movido pela cobiça do poder e dos bens dos Templários, queria provocar a extinção dos mesmos. Em vista disto, desde 1305 começou a propagar terríveis acusações falsas contra eles. Em 1307, Clemente V, instalado por Filipe, prometeu fazer um inquérito a respeito dos pretensos crimes dos Templários. O rei, porém, não esperou o procedimento papal, e mandou prender aos 13/10/1307 todos os Templários da França, inclusive o seu Grão-Mestre Jacques DeMolay (cerca de 2000 homens), confiscando todos os seus bens (fora da França ficavam uns 1000 ou 2000 Templários ainda).
Filipe IV exortou outros reis a seguir o seu exemplo, e mandou aplicar a tortura aos irmãos para extorquir deles todas as confissões de interesse do rei. O próprio Grão-Mestre, alquebrado, e talvez sob a pressão da tortura, exortava por carta os seus súditos a confessar logo. Filipe dava a crer que essas medidas eram tomadas de acordo com o Papa, quando na verdade eram todas de iniciativa e responsabilidade do rei.
A princípio, Clemente V protestou e exigiu a libertação dos encarcerados. O próprio Papa em Poitiers (1308) ouviu o depoimento de 72 Templários, que Filipe IV Ihe mandara. A decisão última foi confiada a um Concílio Ecumênico, que se reuniu em Viena (França) de outubro 1311 a maio 1312 (15º Concílio Ecumênico). O Papa Clemente, houve por bem abolir a Ordem mediante a Bula “Vox in excelso” de 22/03/1312, “não em sentença judiciária, mas como medida de prudência administrativa baseada nas faculdades da Sé Apostólica”.
O Papa não quis julgar os Templários do ponto de vista ético ou disciplinar; julgou, porém, que a existência dos Templários era um foco de distúrbios no mundo cristão da época. Esta distinção obteve o consentimento da maioria dos conciliares. Os bens dos Templários foram, em parte, atribuídos a outras Ordens Religiosas, em parte caíram nas mãos dos príncipes.
Embora tenha havido historiadores desfavoráveis à dignidade dos Templários, hoje em dia entende-se que foram vitimas de graves calúnias. Certas sociedades em nossos tempos dizem-se herdeiras dos Templários medievais, com os quais teriam uma vinculação secreta; teriam uma gnose ou conhecimentos esotéricos reservados aos iniciados, mas estas afirmações são fantasiosas e alheias à verdade. Felipe Aquino

A Ordem do Templo (como as outras ordens) adotava vários signos que manifestavam tanto o “pertencimento” de seus membros como sua própria “identidade”. O sinal mais carregado de significação, depois do hábito, era sua bandeira ou “gonfalão”. Disso nos dão conta não só os retrais dos mestres do Templo, como também os cronistas da época. Bandeira, bandeirola, estandarte, gonfalão designam formas diferentes. Porém, a palavra latina do tempo era vexillum, a qual foi traduzida no francês dos retrais por gonfanon ou confanon (gonfalão) ou por enseigne (bandeirola), isso valia tanto para designar a bandeira do Templo como a do Hospital de São João.
Este estandarte, chamado “Baucéant”, embora grafado de maneiras diversas, tais como “Baucéant”, “Beauceant”, “Baucent” ou “Baussant”, tem sido muito discutido pelos estudiosos do mito templar. À respeito dele, como seria de se esperar, surgiram incontáveis teorias mas, hoje em dia, chegou-se perto de um consenso. Geralmente é descrito como sendo preto e branco (ou prata e sablé, na terminologia heráldica), tendo na parte branca a cruz vermelha da Ordem. Outros especialistas, porém, afirmam que apesar de ser realmente preto e branco, o gonfalão não trazia qualquer cruz.

Enfim, com a cruz ou sem ela, um estandarte que unisse tal par de opostos, possivelmente se destacaria melhor à luz crua que incidia sobre as areias do deserto e seria visível a todos, mesmo à distância.
Como todo estandarte militar, também é provável que o Beaucéant, simbolicamente, representasse toda a Ordem, tanto “fisica”, quanto “espiritualmente”. Talvez por isso, o grito de guerra dos cavaleiros do Templo fosse: “A mim, senhor! Beauceant, socorro!”.
O gonfalão também era hasteado quando o Templo tomava posse de um território ou de um “bem”.
A forma e as cores das bandeirolas das ordens sempre foram variadas, mas na Cronica majora de Mateus Paris estão desenhadas as vexilla do Templo e do Hospital, e o gonfalão do Templo realmente aparece como um retângulo vertical preto e branco. Aliás, por essa razão era chamado baucent (baussant), que significava simplesmente “bipartido preto e branco” (dizia-se também que um cavalo preto e branco era baucent).
O étimo que faz baucent significar “vale cem” é evidentemente fantasioso. Isso equivaleria a dizer que “um templário valia por cem combatentes”, afirmativa sem dúvida exagerada, mesmo levando-se em conta sua bravura e destemor.
Ponto de concentração dos cavaleiros em combate (e sua referência maior), o gonfalão era nomeado como se fosse uma “pessoa”. Por exemplo, “Bauceant acampando”, “bebendo água”, “detendo-se” e assim por diante. Durante as lutas, não se podia abandonar o campo de batalha enquanto o gonfalão estivesse erguido e, caso viesse a ser “abatido” ou “capturado” pelo inimigo, os irmãos templários deveriam se reunir ao gonfalão do Hospital (prioritariamente) ou a qualquer outra bandeira cristã.
Abandonar o estandarte do qual se estava encarregado para fugir de medo ao inimigo era falta gravíssima e significava a “perda da casa”. Deixá-lo para golpear o adversário (no ardor do combate) ou para atacar sem autorização acarretava a “perda do hábito”, punição enriquecida às vezes com a proibição de carregar o gonfalão no futuro. Os estatutos das outras ordens eram menos precisos. Mas, a partir das indicações dos retrais do Templo, pode-se pensar que o gonfalão do Hospital tinha um papel idêntico de representação da ordem. Aliás, havia gonfaloneiros nas duas ordens.
Um certo número de dignitários do Templo dispunha permanenternente de um gonfalão: o mestre, o senescal, o comendador de Jerusalém, os comendadores de Trípoli e de Antioquia e, é claro, o gonfaloneiro… Este cavaleiro, cercado por um grupo de no máximo dez outros guerreiros, era encarregado de mantê-lo erguido no campo de batalha. Por precaução, o comendador dos cavaleiros dispunha de um gonfalão de reserva, enrrolado. Era terminantemente proibido baixá-lo até mesmo para atacar, porém, como o gonfaloneiro o trazia provavelmente fixado na extremidade de uma lança, esta determinação nem sempre era cumprida à risca. Por razões obvias…
Durante o combate os cavaleiros usavam couraça e cota de malha. Tinham como armas uma espada pesada, a lança, o punhal e o maço de pontas e seus cavalos de combate eram os melhores da época.
O conjunto dos irmãos combatentes, cavaleiros ou sargentos, formava o “convento”, termo que não deve ser confundido com a “edificação física”, pois, neste contexto, faz referência à companhia.
Sobre suas acomodações na Terra Santa, os templários viviam em estage, isto é, na caserna, ou então num herberge, isto é, um acampamento.
Quando estavam em operação, os cavaleiros eram formados “en route”, cuja disposição diferia conforme a situação de paz ou de guerra.
Em tempos de paz, os irmãos cavalgavam sobre mulas ou cavalos ordinários, com os escudeiros à sua frente, estes conduzindo as bestas de carga, que levavam o equipamento e o material de acampamento.
Aliás, regra distinguia até mesmo a cavalgada em “terra de paz” (território pacificado e seguro) e a cavalgada em “terra de alerta” (território mal controlado, provavelmente fronteiriço):
“Os irmãos, se passarem por água corrente em terra de paz, podem dar de beber aos animais se quiserem, mas que não se demorem. E se passarem por água em terra de alerta, o gonfalão (aquele que leva a bandeira e comanda o destacamento) atravessa sem dar de beber; não devem fazer isso sem tranqüilidade.”
Em tempos de guerra, os templários adotavam um comando distinto da organização normal da ordem. O mestre mantinha a preeminência, mas o marechal se tornava o comandante-em-chefe. Sob suas ordens, o submarechal se ocupava das armas; o turcoplier, dos turcoples e dos sargentos; o gonfaloneiro, dos escudeiros. Os irmãos eram então dispostos em “escala” ou “esquadrão”, montando ainda cavalos ordinários, mas já vestindo armadura. Os escudeiros, colocados à frente dos cavaleiros, levavam espadas e lanças, ao passo que outros, mais atrás, conduziam os destriers, ou cavalos de batalha. A formação em esquadrão era específica da época de guerra. Neste caso, o esquadrão ficava disposto em escala, durante os deslocamentos, ou em linha, no campo de batalha, quando o exército se preparava para atacar.
A distinção entre cavalgada em tempo de paz e cavalgada em tempo de guerra é fundamental:
“Quando o convento cavalga pela estrada, o gonfalofleiro deve ir à frente do gonfalão e deve fazê-lo ser conduzido por um escudeiro … E quando está em guerra, e os irmãos vão em escala, um turcople deve conduzir o gonfalão”.
Os templários dividiam-se entre a vida conventual e a vida dos acampamentos, entre a “casa” (qualquer estabelecimento estável) e as barracas.
Quando cavalgavam, os irmãos pegavam os cavalos da caravane e as bestas de carga do sommaige (o comboio dos equipamentos). O roupeiro (Drapiers) distribuía as roupas e o material para dormir: a carpite, ou grossa coberta “para cobrir a cama ou seus pescoços enquanto cavalgam”; sacos, um dos quais feito de malhas de ferro (o treslis) para transportar roupas e cotas de malha. O equipamento e o material de acampamento eram carregados sobre bestas de carga, ao passo que os irmãos montavam cavalos ou mulas.
Ao cavalgar, um irmão podia se aproximar de outro e lhe falar, mas sob a condição de obter licença do marechal e tomando cuidado de “ir e vir sob o vento”, caso contrário “a poudre (poeira) causaria problemas e aborrecimento à marcha”.
O marechal ordenava a parada gritando: “Acampai, senhores irmãos, por Deus.”
Havia vários tipos de abrigo: em dormitório, sob a tenda e, sobretudo em caso de guerra, “abrigo em hotel” ou “de escala”, neste caso, às vezes simples interrupções de inspeção, necessárias para, por exemplo, proteger os víveres. Havia também paradas mais ou menos longas, quando instalavam emboscadas. Quando isso acontecia, “não se devia então “tirar nem freio, nem sela”.
O material de acampamento era composto de tendas: o mestre tinha direito a tendas redondas, aguiílier e/ou grebelure, esta menor que aquela, cabendo aos irmãos cuidar das estacas e postes (“laborar encaixes ou cavilhas”), assim como de suas armaduras.
Se pretendiam demorar-se, começavam por erguer a tenda-capela, onde se reuniam para recitar as horas. (horas canônicas, segundo a regra).
Em torno da tenda do mestre eram dispostas as do comendador da Terra e a tenda da carne. Depois as outras.
De fato, em campanha era realmente designado um “comendador da carne” para dividir a comida.
Quantas escalas havia? Durante a guerra em Trípoli e Antioquia, formaram-se duas escalas de cavaleiros, uma sob a direção do marechal do Convento, que fora a Tripoli ou a Antioquia, outra sob a do marechal da Terra (de Tripoli ou de Antioquia).’ Não se trataria antes de “batalhas”, cada uma agrupando um certo número de escalas? Pois, segundo o texto, uma escala era colocada sob a direção de um comendador de escala que dispunha de um gonfaloneiro e de dois cavaleiros para servi-lo: “E assim como é dito do Marechal (Mareschau – era o encarregado pelas ações militares, um comandante), é dito do conjunto dos comendadores (commandeors) que fazem escala.” As escalas de cavaleiros somavam-se aquelas dos sargentos de armas e uma de escudeiros.
Em combate os cavaleiros pegavam sua lança e seu escudo e montavam os cavalos de batalha, os magniníficos “destriers”. Os escudeiros, que até então carregavam as armas, passavam então a conduzir as mulas e cavalos de cavalgada, enquanto aqueles que haviam conduzido os cavalos de batalha segiam o mais perto possível seus senhores, prontos a socorrê-los ou a substituir-lhes a montaria ferida ou morta.
“E se o Marechal e os irmãos atacam, os escudeiros que levam os cavalos de batalha devem juntar-se a seus senhores, e os outros devem pegar as mulas (sobre as quais) seus senhores cavalgam e devem permanecer com o gonfaloneiro.”
A batalha, o ataque da cavalaria pesada, era apenas um aspecto dos combates. Nada se sabe sobre o treinamento desses homens que, em princípio, chegavam ao Oriente adultos e armados, portanto formados. A regra do Templo proibia aos templários participarem de uma justa sem autorização, mas nem sempre todas as normas eram respeitadas.
O senescal, além de ser um Oficial Real, encarregado da aplicação da Justiça e do controle da administração das Províncias. Supervisionava todas as ações militares, era o Juiz Supremo. Substitui o Grão-Mestre quando de sua ausência, era também o Conselheiroe Diplomata.
Grão-Mestre: Era o Comandante supremo da ordem tanto em assuntos diplomáticos como em assuntos militares. Só respondia perante a autoridade papal.
Couvenant (assembleia plenária de todos os membros quando se trata de ir combater ou assistir a solenidades religiosas; mas é naturalmente uma assembleia restrita (elitista) para os membros mais próximos do topo hierárquico da Ordem quando se trata de discutir questões de total importância).

Bibliografia:
http://www.guerras.brasilescola.com/idade-media/a-primeira-cruzada.htm

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *