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Meus Caros Irmãos,
Minhas Cordiais Saudações…
Não é de hoje que costumeiramente ouço Irmãos pronunciarem o termo “Filosofismo”, e sinceramente, chega a doer os meus ouvidos.
O pior é quando leio essa mesma palavra, fazendo referência aos altos graus… (Corpos FILOSÓFICOS).
Vamos começar a pesquisa pelo dicionário:
filosofismo
nome masculino
1. falsa filosofia
2. mania da filosofia
(De filosofia+-ismo)
Definição resumida de Sofismo:
Sofisma (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι “fazer raciocínios capciosos”) em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.
É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.
Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso freqüente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.
Sofística e sofistas
A palavra sofista era, antigamente, sinônima de sábio e se aplicava indistintamente para poetas, músicos e filósofos. Mas no século V AC toma uma outra conotação pejorativa e se aplica a um grupo de mestres ambulantes que vão para as cidades gregas ensinando o que eles chamam de “sabedoria” em troca de polpudos honorários. Essa acepção pejorativa da palavra toma mais força com Platão e Aristóteles. “É sofista, disse Platão, aquele que em sua disputa se compromete ao afirmar coisas contraditórias e com suas palavras engana de maneira maravilhosa seus ouvintes”. Aristóteles diz “Sofista é aquele que tira dinheiro da ciência que parece ser e não é”. Ambas definições coincidem em que a ciência dos sofistas é aparente e enganosa, pura inutilidade retórica e malabarismo conceitual no sentido de deslumbrar os ouvintes e sacar destes bons volumes de dinheiro. Platão não deixou de lado uma série de modelos interessantes para contrapor argumentações sofísticas envolvendo os sofistas em um turbilhão de palavras. Os sofistas ensinam o ascetismo e o relativismo tanto teoricamente como praticamente.
so.fis.ma sm. Argumento aparente (não conclusivo) que serve ao propósito seja de induzir outrem a erro, seja de ganhar a qualquer preço uma contenda ou discussão.
Aurélio – Dicionário da língua portuguesa. 6ª edição. Editora Positivo.
Filosofia (do grego Φιλοσοφία: philos – que ama + sophia – sabedoria, « que ama a sabedoria ») é a investigação crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem. Estudo que procura a compreensão total da realidade, via classificação do conhecimento humano.
Ao perguntarmos o que é Filosofia, Chauí (1995) nos responde que poderia ser a decisão de não aceitar as coisas como óbvias, as ideias, os fatos, as situações, os valores e os comportamentos; em síntese, Filosofia pode ser definida como a não aceitação dos elementos da existência humana sem antes havê-los investigados e compreendidos.
Atitude Filosófica
A atitude filosófica têm duas características, uma negativa e outra positiva. A negativa é dizer não ao senso comum, ao que é preconcebido no cotidiano e tido como verdades aceitas porque todo mundo diz e pensa. A positiva é a interrogação sobre os elementos do cotidiano e da existência: O que é? Por que é? Como é?
Juntas, essas duas características da atitude filosófica constituem o que os filósofos chamam de atitude crítica ou pensamento crítico. Atitude crítica pode ser compreendida como tomar distância do nosso mundo costumeiro olhando-o como se nunca tivéssemos visto antes.
Acredito que o breve exposto não é o suficiente para atribuir utilidade à Filosofia em um momento histórico onde ela é sinônimo de inutilidade. Mas o que é útil? – Se tomarmos o senso comum no pós-modernismo, verificaremos que o útil é o que traz riqueza e prestígio.
Filosofia não é uma ciência, não é história, não é política, não é arte, não é psicologia e nem sociologia; é uma reflexão crítica das ciências, dos acontecimentos no espaço e no tempo, das origens e natureza das formas de poder, dos sentidos e significados artísticos, dos conceitos e metodologias da psicologia, da sociologia e de todas as ciências. Filosofia é o conhecimento do conhecimento, situada em vários momentos históricos da humanidade.
Para Nietzsche é uma forma libertária do ser, superando os calabouços dos valores até então construídos. Para Schopenhauer, é uma forma de superação da dor e sofrimento da existência. Para Marx a filosofia deveria transformar o mundo trazendo justiça e felicidade para os seres humanos, em detrimento da filosofia que busca apenas conhecer o mundo. E no berço filosófico, encontramos Platão que definia a Filosofia como um saber verdadeiro para ser usado em benefício aos seres humanos.
Entre tantos significados e interpretações filosóficas diferentes, o útil da Filosofia você saberá se achar que for útil abandonar os preconceitos e crenças impregnados no senso comum e nas formas ideológicas que definem os elementos da vida e do mundo a favor de uns em detrimento dos outros.
A Filosofia impede a estagnação e desvenda o que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder. Ela é a procura da verdade, não a sua posse, como disse Jaspers, concluindo que “fazer filosofia é estar a caminho; as perguntas em Filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta”. “O que a filosofia nos ensina é o risco de tomar por certo aquilo que deveríamos prestar atenção cuidadosa, bem como a possibilidade de descobrir, sob o prosaico comum e rotineiro, um universo de extraordinária riqueza e variedade, diante do qual podemos somente nos maravilhar.” Frase de Matthew Lipman, filósofo norte-americano.
Eu fiquei satisfeito com essa pesquisa!
Referências bibligráficas:
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1996.
SCHOPENHAUER, Arthur. O Mundo como Vontade e Representação. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2001.

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