Share on FacebookShare on Google+Tweet about this on TwitterEmail this to someone

Muito se fala sobre Avataras, mas vejamos o que é um Avatar sob a ótica da Teosofia. Os budistas, negando o que muitos afirmam, sempre disseram que Buddha não é o Avatar de Vishnu. Há um misterioso princípio na Natureza, chamado “Mahâ Vishnu”, que não é confundido com o Deus Vishnu, mas é um princípio que contém a semente do “Avatarismo” (Bija), ou, em outras palavras, é o potencial e a causa de tais encarnações divinas. Buddha foi a encarnação direta, de um dos primitivos “Filhos da Luz” que se encontram em todas as Teogonias: os Dhyân-Chohans, cuja missão, de uma a outra eternidade, é cuidar do progresso espiritual, das regiões que lhes foram confiadas. Todos os Avataras confundem-se com um só: eles são os Filhos do “Pai”, sua progênie direta. Com o tempo, o “Pai” chega a ser o Filho, e o Filho torna-se uno com o Pai na Eternidade. Que é o Pai? É Causa absoluta de tudo? É o insondável Eterno? Certamente que não. É Karâna, a “Alma Causal”, que, em seu sentido amplo, os hindus chamam de Ishvara, o Senhor, e os cristãos, Deus, o Deus Único. Foi com a missão de “proteger o bem e destruir o mal” que vieram ao mundo, cada qual em sua época, personalidades como Gautama, Sankarâcharya e alguns outros. Conforme se disse: “Eu nasço em cada Yuga”. E todos nasceram pelo mesmo poder. Há um grande mistério nessas encarnações de Avataras, que transcendem o ciclo geral, de nascimentos. Em três grupos, podem ser divididas as encarnações: as encarnações dos Avataras, as encarnações dos Adeptos que renunciam ao Nirvana, para auxiliar a humanidade (Nirmanakâyas) e as reencarnações normais para o resto da humanidade, a lei comum. O Avatar é uma aparência que poderíamos chamar de ilusão especial da ilusão natural, dos planos sujeitos ao domínio de Mâya. O Adepto reencarna conscientemente, à sua vontade e conveniência, mas os indivíduos que compõe a grei comum obedecem inconscientemente à grande lei dual. Já o Avatar é uma descida da Divindade manifestada, quer se chame Shiva, Vishnu ou Adi-Buddha, à forma ilusória de uma individualidade, que, para o homem deste plano físico, parece objetiva, mas que realmente não o é. Esta forma não teve encarnações anteriores, nem está sujeita a reencarnações, e, portanto, com ela, o Karma não interfere.” (Extraído da Doutrina Secreta, Volume VI, Blavtsky)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *